sexta-feira, 20 de maio de 2011

O Amor é o quê?

O QUE È O AMOR?

Um pouco, muito, apaixonadamente, o delirio?
Quem não se lembra de tirar as pétalas ao malmequer, procurando vencer a dúvida em relação ao amor ou ao amado?
Quem não se lembra das emoções do primeiro amor aos 14, 16 ou 18 anos?
De como a proximidade de eleito podia fazer-nos corar ou sonhar durante horas... antes mesmo de lhe ter dirigido uma única palavra?
Estava-mos no amor, com o amor!
A primeira saída, o primeiro beijo, a primeira promessa, a primeira caricia, o primeiro projrcto sonhado a dois.

Ele era maravilhoso; ele era tão lindo; nada mais existia sem ele;
O nosso amor era puro e eterno.
Nós transformavamos o mundo, tinhamos o mais belo amor e
viviamos felizes.
Nada nos podia parar, com a excepção de....
A primeira dor de amor.

Choros e lamentações.
Como pode ele fazer-me isto?
Nunca imaginei que me pudesse fazer isto?
Um enorme vazio cria a primeira dor de amor.
Que dor de estomago e de barriga, a perda do bem amado, pode causar. Que dsepressão!
E mesmo antes de caír eternamente na sombra do desespero,
enfim aparece.... um novo amor.
Recordamos sempre com nostalgia os primeiros amores da adolescência e de como o amor nos pode causar grandes dores de cabeças mas também alegrias e sensações fantasticas e indescriptiveis.

Até ao momento em que finalmente aparece a pérola rara e
que demos os grande salto: prometemos amar-nos para sempre,
na alegria e na tristeza,....
Segundo as estatísticas apnas 2 em cada 10 casais confirmam a conclusão dos romances ou dos filmes de amor: eles casam, têm inúmeros filhos e vivem felizes para sempre?

Conhecemos casais cumplices que se amam desde a adolescência,
que estudaram juntos, que têm lindas crianças, e que parecem feitos um para o outro para ficarem juntos para o resto da vida.
Na realidade segundo dados estatísticos, 5 em cada 10 casais acabam em divórcio.
E os 3 casais que ficam juntos para as alegrias mas sobretudo para as tristezas, não se falam ou discutem entre eles até ao momento de irem para lares de terceira idade e la continuam com os desentendimentos.
O que faz com que haja casais que funcionem e que essas relações persistam ao longo dos anos?

Haverá uma formula magica ou um milagre ao alcance de todos?
O que é que faz com que alguns aparentem não ter problemas nas suas relações e que outros parecem sempre prontos a suicidarem-se ou a terem graves depressões por causa de um desgosto de amor?
Pessoas há que parecem felizes com ou sem companheiro;
outros ficam presos ao primeiro que aparce ou aquele que não sabe dizer não.
Muito já se escreveu sobre as dificuldades do amor.

Muitos livros retratam como o amor pode ser consumido como uma droga, e quando a droga deixa de fazer efeito, aparecem os sintomas da abstinência, com efeitos físicos e psicologicos.
Mas o que é o amor?
Diz-se que o amor é uma emoção.

O dicionário diz-nos que uma emoção é:
um movimento, uma agitação, uma reacção afectiva, um geral intenso.
O amor seria então um movimento em relação a alguém.
Como, duas pessoas em movimento, uma em ralação a outra e nas suas respectivas vidas, podem elas fazer durar este movimentos recíproco, através das vicissitudes da vida a dois?
Do meu ponto de vista existem três essenciais a perenidade do amor:

a admiração, o sonho e o desejo sexual.
E estes três componentes devem estar simultaneamente canalizados na direção da mesma pessoa, e estáveis.
Mas não necessariamente por esta ordem:
o desjo pode nascer da admiração ou vice-versa.
Não posso amar alguém se não o admiro e se não me sinto admirado por esse alguém.

A admiração é um sentimento de alegria e satisfação perante o julgamos como bonito ou grande (definição do dicionário).
Não existe amor à margem do respeito, e a partir do momento em que se criam asneiras, o amor está seriamente hipotecado.
Podemos não estar os dois de acordo sobre onde ir, ou o que fazer
(são os dois principais motivos de desacordo), ... mas devemos concordar sempre o outro é um ser humano único e digno de respeito e admiração. Não esqueçamos que duas pessoas que se amam são também dois enormes inimigos intimos... que se devem respeito.
A baixa de admiração é paralela à baixa de amor,
daí a importancia de ficar de pé perante o companheiro.
Duas pessoas que se amam partilham os mesmos projectos e os mesmos sonhos; são dois cumplices que visionam juntos o seu futuro:a compra do primeiro carro ou da primeira casa; os sucessos profissionais de um ou do outro, as férias, a reforma, etc.

Mesmo assim os sonhos individuais não são necessariamente e não devem necessariamente render-se aos sonhos conjuntos, no entanto quando os sonhos pessoais tomam o primeiro lugar, ou pior ainda quando nos surpreendemos a sonhar com outro, o fim do sonho conjunto está proximo.
Todo o casal é baseado em duas pessoas autónomas que têm os seus próprios projectos respectivos.
Amar é sonhar em conjunto coisas possiveis.
Evidentemente, o amor baseia-se na atração fisica mutua,

tal como o acto amor designa relações sexuais.
O que há mais maravilhoso do que fazer amor com a pessoa amada? Amar alguém é querer colar-se, tocar-se, acariciar-se, fusionar-se...
Mas é também satisfazer o desejo proprio e o desjo do outro
conservando uma certa distancia.
Eu não sou tu, e tu não és eu.
A soma de um mais um não é um mas sim três, eu, tu e nós.
A fusão total acaba com o desejo, apenas desejamos o que não temos
e não o que possuimos.
Tu também existes fora de mim e eu existo fora de ti.
A distancia é necessaria ao desejo e faz com que a reaproximação
se tranforme em prazer.
Quer isto dizer que uma dificuldade sexual ou uma perda da libido significa a perda do amor?

Talvez, mas nem sempre.
É um indicio de que alguma coisa não está bem com um ou com outro
ou com a dinamica do casal, e na qual devem trabalhar o mais rápido possivel se querem que a relação sobreviva.
Vontade de estar só, de falar, de tirar uns dias em conjunto,
de descansar, de juntos encontrarem um novo sonho comum,
e de reajustar os movimentos respectivos e os do casal.
É verdade que o coração tem razões que a propria razão desconhece,

mas a razão pode ensinar ao coração a direção a tomar e como reconhcer os indicios precursores do asfixiar da emoção.
O amor duradouro, nunca mais o repetiremos vezes suficientes,
e é feito de paixão e de razão.
Viver a dois não é um comportamento instintivo.
Devemos aprender a viver a dois, tal como aprendemos a andar,
falar, escrever, andar de bicicleta, etc...
Mas onde estão os professores?
O quadro do amor é:
Oferecer flores sem motivo,
Fazer o pequeno clic que faz a diferença entre estar bem e

estar muito bem,
Por a cara na almofada do outro quando ele sai,
Aceitar a importancia de uma distancia temporaria,
Saber rir em conjunto, um do outro,
Ligar para dizer amo-te e desligar.
E pra ti o que é o amor?

Julio Silva

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