sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Morte se fosse.

Alguém morre…
E é como passos que param...
Mas se fosse uma partida
para uma nova viagém?
 
Alguém morre...
E é como uma porta que abre...
Mas se fosse uma passagem?
 
Alguém morre...
E é como uma arvore que cai...
Mas se fosse uma semente
que germina numa terra nova?
Alguém morre...
E é o silêncio que grita...
Mas se ele nos ajudasse a ouvir
a fragil musica da vida?
Recorde-se que todas as
provações que se abatem sobre nòs
podem ser superadas por meio do silêncio.
O silêncio ajuda-nos a estarmos à altura do nosso destino...
Quando eu for morto, e o meu corpo apodrecer.
Continuarà o jardim, o céu e o mar, e
como hoje igualmente hão-de bailar
as quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
em que tantas vezes passei.
Haverà longos poentes sobre as coisas que eu amei.
Serà o mesmo brilho, a mesma festa.
serà o mesmo jardim à minha porta,
e os cabelos doirados da floresta
como se eu não estivesse morto.

JulioSilva

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