sexta-feira, 23 de julho de 2010

Suiça no Século XX

Apesar do país ter sido rodeado por várias potências em guerra (a França, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro - até 1918 - e a Itália). A Suíça nunca foi invadida em nenhuma das duas Grandes Guerras. A sua neutralidade foi posta em causa com o Escândalo Grimm-Hoffmann. Em 1917, ao qual não foi dada muita relevância. O Estado adere à Liga das Nações em 1920 e ao Conselho Europeu, em 1963. A invasão da Suíça foi várias vezes planeada pelos alemães, mas nunca foi atacada. Conseguiu manter a paz com a Alemanha através de consessões económicas e militares. A imprensa suíça e o Governo Federal opuseram-se às políticas do Terceiro Reich. Dada a sua localização geográfica, a Suíça era um local de espionagem constante por parte das duas facções (os Aliados e o Eixo). Durante a Segunda Guerra Mundial, a Suíça recebeu 300 mil refugiados dos quais 104 mil eram militares estrangeiros. 60 mil eram civis que fugiam das políticas nazis. Daqueles, entre 26 mil a 27 mil eram judeus. No entanto, as políticas imigratórias e de asílio eram restritas o que causou muitas controvérsias.

Apesar de tudo, a Suíça foi uma voz de liberdade para a Europa Ocidental. A defesa "espiritual" fez com que a Suíça fosse uma marca de referência para os direitos do Homem e assegurou, fortalecendo a sua independência.

Em 1958, a Suíça garante o direito ao voto às mulheres, primeiro a nível cantonal (no Valais), e depois a nível federal em 1971. O último cantão a reconhecer o direito às mulheres de votar foi Appenzell Interior em 1990. Esse reconhecimento permitiu um grande crescimento de participações das mulheres na vida política. Em 1978 ocorre a criação do último cantão helvético, o Jura, após a separação de vários territórios ao longo do cantão de Berna. O Jura integrou oficialmente a Confederação Helvética em 1979. A 18 de Abril de 1999, um referendo nacional propôs a revisão total da Constituição Helvética.

Em 2002, a Suíça integra totalmente as Nações Unidas, deixando o Vaticano como o único Estado sem integração completa no organismo. A Confederação Helvética é um Estado membro da Associação Europeia de Livre Comércio mas não é membro do Espaço Económico Europeu. Em 1992, a Suíça pediu a adesão à União Europeia, mas fora banida pela EEE em Dezembro de 1992, dado que um referendo interno era necessário para obter aprovação por parte da população helvética. Vários referendos foram-se realizando e devidas às opiniões da população, as negociações com a União Europeia foram congeladas. No entanto, as leis suíças estão gradualmente a adaptar-se às normas da UE e o Governo Federal assinou vários acordos bilaterais com o bloco económico. O país, juntamente com o Liechtenstein, tem vindo a estar rodeada pelos países-membros da UE até 1995, com a adesão da Áustria. Em 5 de Junho de 2005, a população suíça aprovou a integração ao Espaço Schengen.

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