sexta-feira, 23 de julho de 2010

A República Helvética

As revoltas que ocorriam entre o século XVII e o século XVIII mostraram que a revolução de 1798 não correu da mesma maneira que a Revolução Francesa. Enquanto que em França a revolução deveu-se ao abuso do poder da monarquia, na Suíça, a revolução de 1798 deveu-se mais à corrupção das casas ricas. De todas as maneiras, a Revolução Francesa de 1789 provou aos suíços que era possível uma revolução na confederação.

Soldado da República Helvética.
Após a Tomada da Bastilha, muitos suíços em todo o país começaram a pôr em causa o sistema político em vigor através de petições como, por exemplo, em Unter-Hallau, Aarau e no cantão de Vaud. Outros acontecimentos são as celebrações da Revolução Francesa em Lausanne (1790), de onde inicia-se a Revolução de 1798. Em 1792, ocorre a Revolução de Genebra. Um ano depois são realizadas eleições que viriam a culminar com a celebração de uma nova Constituição em 1794. Nesse mesmo ano ocorre também a Revolução dos Grisons.


A Revolução de Vaud em 1797 representou um papel fundamental para a criação da República Helvética. Frederico César de La Harpe perguntou à população se concordaria com uma intervenção francesa contra Berna. Quando Napoleão caminhava a caminho da Alemanha atravessando Genebra, em Vaud, foi acolhido em festa e as populações aproveitaram esta ocasião para lhe mostrar as suas convicções em Lyon.


Apesar de tudo, Berna não queria negociar e enviou 5000 soldados de expressão alemã à região. Os soldados de expressão francesa proclamaram a República de Léman, em que Léman significa o Lago de Genebra. O general francês Ménard aproveitou a vitória do conflito para declarar guerra a Berna. Os vaudeses marcharam para Berna e tomaram a cidade a 5 de Março de 1798.


Cerca de 121 representantes dos cantões de Argóvia, Basileia, Berna, Friburgo, a República de Léman (Cantão de Vaud), Lucerna, Schaffhausen, Solothurn e Zurique juntaram-se em Argóvia a 12 de Abril de 1798 para proclamar a República Helvética e confirmar uma nova constituição.


A França anexou os cantões de Genebra, Neuchâtel, Bienna e o território do Bispo de Basileia, actual Jura. A nova constituição promulgada era muito semelhante à francesa, com um parlamento (duas câmaras), um governo legislador e um tribunal supremo de justiça. A tradição federalista da Antiga Confederação de 1291 fora eliminada.

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