sexta-feira, 23 de julho de 2010

Lingua oficial Suiça

A Suíça, assim como seus países vizinhos, nunca foi e não é uma população homogénea. Esta diversidade étnica parte desde os tempos celtas em que os helvécios eram a tribo mais importante da zona centro da Europa e está directamente ligada à diversidade linguística do país. Quando os helvécios foram impedidos de imigrar para o Sul do território actual da França por César, floresceu uma nova cultura galo-romana. Em 400 d.C., aquando das grandes migrações (Völkerwanderung), os francos e os burgundos migraram para Norte atravessando o rio Ródano. Estes últimos instalaram-se na zona ocidental da Suíça e adoptaram a língua latina (que viria a originar a zona românica da Suíça). Um outro grupo étnico germânico chamado Lombardos (da Lombardia) instalaram-se na zona Sudeste do país dando origem à zona italiana do país. Por fim, os Alamanos instalaram-se na zona Sudoeste da Alemanha e proliferaram por dentro do território suíço originando a zona alemã do país.

Ainda existiam os récios que pensa-se que eram os que originaram a parte do romanche. Porém essa etnia desapareceu sem deixar muitos rastos.
Concluindo, pode-se dividir a população helvética nativa em três etnias:
Celtas - língua românica: os burguinhões (zona francesa);
Romanos - língua latina: os lombardos (zona italiana);
Germânicos - língua germânica: os alamanos (zona alemã).
Hoje em dia, além destas três etnias, existe uma grande diversidade étnica estrangeira que viria a propagar-se desde a Segunda Guerra Mundial. A Suíça apresenta minorias de origem espanhola, portuguêsa, sérvia e albanesa, entre muitas outras.
A Suíça tem oficialmente quatro línguas: o alemão, o francês, o italiano e o romanche falados, respectivamente, em 63.7 %, 20.4%, 6,5% e 0,5% do território. Esta diversidade linguística deve-se à vizinhança da Suíça: a Itália, de expressão italiana, a Alemanha, o Liechtenstein e a Áustria, de expressão alemã e, por fim, a França, de expressão francesa.

As pessoas nas áreas fronteiriças entre duas línguas vão crescendo a aprender ambas as línguas, tornando-se bilíngues. Este fenómeno pode ser internacional, entre a Suíça e outro país ou interno, entre duas áreas de línguas diferentes que podem ser entre dois cantões ou mesmo dentro de um cantão. No caso do Cantão do Valis, os habitantes de Sierre são bilíngues onde o alemão e o francês se encontram. A fronteira entre a população de expressão francesa e de expressão alemã é coloquialmente conhecida como Röstigraben. A separação não fica somente pela língua mas também pelas ideologias e culturas, onde os falantes franceses são mais abertos e liberais e os falantes alemãs são mais conservadores. Embora o alemão seja língua oficial de-jure, na realidade o mais falado nesta área é o suíço-alemão (Schweizerdeutsch). Trata-se de uma variação bastante diferente do alemão quer na pronúncia, quer na escrita. O romanche é falado por cerca de 50.000 pessoas, das quais 35.000 o utilizam como língua materna. A maior parte de seus falantes vive no leste do país, e o idioma se divide em três variações, cada qual com sua própria gramática, literatura e dicionários; tentativas de se padronizar o romanche não foram bem sucedidas até o momento.

A imigração de grandes grupos estrangeiros, sobretudo portugueses, espanhóis, italianos, sérvios e albaneses permitiram a penetração de várias línguas estrangeiras como o português, o espanhol, o sérvio e, recentemente o turco, entre outras.

Sem comentários:

Enviar um comentário