sábado, 19 de setembro de 2009
A Morte se Fosse...
A morte, se fosse...
Alguém morre,
E é como passos que param...
Mas se fosse uma partida
para uma nova viagem?
Alguém morre...
E é como uma porta que abre...
Mas se fosse uma passagem?
Alguém morre...
E é como uma arvore que cai...
Mas se fosse uma semente
que germina numa terra nova?
Alguém morre...
E é o silêncio que grita...
Mas se ele nos ajudasse a ouvir
a fragil musica da vida?
Recorde-se que todas as
provaçôes que se abatem
sobre nòs podem ser superadas
por meio do silêncio.
O silêncio ajuda-nos a estarmos
à altura do nosso destino...
Quando eu for morto e, o meu corpo apodrecer.
Continuarà o jardim, o céu e o mar,
e como hoje igualmente hâo-de bailar
as quatro estaçôes à minha porta.
Outros em abril passarâo no pomar
em que tantas vezes passei;
Haverà longos poentes sobre as coisas que eu amei.
Serà o mesmo brilho,
a mesma festa,
serà o mesmo jardim à minha porta e os cabelos doirados da floresta,
como se eu nâo estivesse morto.
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