quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Maria Severa

A Severa nasceu em Lisboa, no Bairro da Mouraria, em 1820. Era filha de Severo Manuel e Ana Gertrudes. A sua mãe era proprietária de uma taberna e tinha por alcunha "A Barbuda", devido à barba que tinha na cara. A Severa éra uma prostituta  alta e graciosa, que cantava o fado (especialmente numa taberna da Rua do Capelão). Teve vários amantes conhecidos, entre eles o Conde de Vimioso  (Dom Francisco de Paula Portugal e Castro) que, segundo a lenda, era enfeitiçado pela forma como cantava e tocava Guitarra, levando-a frequentemente à tourada.
Morreu de turbeculose  a 30 de Novembro de 1846 na rua do Capelão, na Mouraria, em Lisboa, tendo sido sepultada no cemitério do Alto de S. João numa vala comum. A sua fama ficou a dever-se em grande parte a Julio Dantas cuja novela "A Severa" viria a originar uma peça levada à cena em 1901, bem como ao primeiro filme sonoro português realizado por Leitão de Barros em 1931.
Em 2010, a cantora Catarina Pereira inspirou-se na lenda da Severa, e escreveu uma letra de música intitulada "Canta por Mim", participando no Festival da Canção 2010. A sua participação obteve o 2.º lugar, ficando muito popularizada, desde aí.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Maria Callas in Père La-chaise Paris

Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 — Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operísticas, à raridade e distintividade de seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.
Nascida Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou (em grego Καικιλία Σοφία Άννα Μαρία Καλογεροπούλου), Callas era filha de imigrantes gregos e, devido a dificuldades econômicas, teve que regressar à Grécia com sua mãe em 1937. Estudou canto no Conservatório de Atenas, com a soprano coloratura Elvira de Hidalgo.

Existem diferentes versões sobre sua estreia. Alguns situam-na em 1937, como Santuzza em uma montagem estudantil da Cavalleria Rusticana, de Mascagni; outros, à Tosca (Puccini) de 1941, na Ópera de Atenas. De todo modo, seu primeiro papel na Itália teve lugar em 1947, na Arena de Verona, com a ópera La Gioconda, de Ponchielli, sob a direção de Tullio Serafin, que logo se tornaria seu "mentor".

Callas começou a despontar no cenário lírico em 1948, com uma interpretação bastante notável para a protagonista da ópera Norma, de Bellini, em Florença. Todavia, sua carreira só viria a projetar-se em escala mundial no ano seguinte, quando a cantora surpreendeu crítica e público ao alternar, na mesma semana, récitas de I Puritani, de Bellini, e Die Walküre, de Wagner. Ela preparara o papel de Elvira para a primeira ópera em apenas dois dias, a convite de Serafin, para substituir quem realmente faria aquele papel. Para se ter ideia do seu feito, é o mesmo que pedir para Birgit Nilsson, famosa soprano dramático para cantar Violetta em La Traviata, e como Callas não teve tempo para aprender o libretto completo, apenas a música, tanto que o ponto lhe soprou o texto.
A partir dos anos 1950, Callas começou a apresentar-se regularmente nas mais importantes casas de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala, Convent Garden e Metropolitan. São os anos áureos, e ao passo de sua fama como cantora internacional, também vai sua fama de tigresa, muitas vezes considerada temperamental pelo seu perfeccionismo. Famosa foi sua rivalidade com Renata Tebaldi e as brigas públicas, através de declarações para jornais, várias vezes lhe renderam a primeira página, assim como seus triunfos operísticos. Era uma figura extremamente pública e contribuiu para reacender o estrelismo do gênero ópera e de seus intérpretes. Alguns críticos inclusive afirmam que até nas gravadoras havia uma divisão, para acirrar as disputas entre Callas e Tebaldi, e para influenciar as comparações entre gravações feitas por Tebaldi ao lado do tenor Del Monaco, e Callas ao lado de Di Stefano. Sua voz começou a apresentar sinais de declínio no final dessa década, e a cantora diminuiu consideravelmente suas participações em montagens de óperas completas, limitando sua carreira a recitais e noites de gala e terminando por abandonar os palcos em 1965. Seu abandono deveu-se em grande parte ao desequilíbrio emocional da cantora, que ao conhecer o magnata grego Aristóteles Onassis, dedica-se integralmente ao seu amado, afirmando ter começado ali sua vida de verdade. Foi quando ela parou de ensaiar, adiou e cancelou apresentações, se tornou figura constante em noites de festa, bebendo inclusive, coisas que contribuíram para o declínio de sua voz e o fim da carreira. Em 1964, encorajada pelo cineasta italiano Franco Zefirelli, volta aos palcos em sua maior criação, Tosca, no Convent Garden, tendo como seu parceiro o amigo de longa data Tito Gobbi. Essa Tosca se encontra disponível em DVD, entrou para a história do mundo operístico. Sua última apresentação em uma ópera completa foi como Norma e Paris, 1965, e devido à sua saúde vocal debilitada não aguentou ir até o fim, desmaiando ao cair da cortina no fim da terceira parte.
No início dos anos 1970, passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School. Em 1974, entretanto, retornou aos palcos para realizar uma série de concertos pela Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente ao lado do tenor Giuseppe di Stefano. Sucesso de público, o programa foi todavia massacrado pela crítica especializada. A voz já não era a mesma, mas o que mantinha o público firme nas apresentações era o amor. Sua atuação foi prejudicada, pois uma vez que tinha que fazer muito mais esforço para manter a afinação, a entrega à interpretação não foi tão sutil como no passado.

Cantou em público pela última vez a 11 de Novembro de 1974 no Japão.

Onassis, então casado com Mrs. Kennedy, tem sérios problemas de saúde e vem a falecer. Callas começa agora um período de claustro e, isolada do mundo, passa a viver na Avenue Georges Mandel, em Paris, com a companhia da governanta, Bruna, e do motorista, Ferruccio. Uma possível volta é ensaiada e entusiasmada pelo cineasta Franco Zefirelli, mas Callas não tem mais a segurança do passado. Faltava vontade. Tenta realmente outras funções, como professora, diretora artística, mestre de coral, mas nada lhe satisfazia. Não sabia sequer como deslocar um coro. Começa a impor exigências absurdas para que aconteçam as apresentações. Essa é agora sua maneira de dizer não, exigindo o impossível. Uma gravação da Traviata, com o tenor em ascensão Luciano Pavarotti é estudada, mas o projeto logo é abandonado por Maria. Amigos ainda a visitam com frequencia, mas Callas ja está "morta" há muito tempo, e em 16 de setembro de 1977, ela simplesmente deixa de existir, pouco antes de completar 54 anos, no seu apartamento em Paris em decorrência de um ataque cardíaco.

Suas cinzas são jogadas no Mar Egeu, como era de sua vontade.
Sua ultima memoria se enconta no Cimetèrie du Père-Lachaise.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Grand Palais Paris Françe

  O Grand Palais des Beaux-Arts (também chamado de Grand Palais des Champs - Elysées e popularmente conhecido apenas como Grand Palais) é um edifício singular da cidade deParis Localiza-se na Avenue Winston Churchill, nas proximidades dos Campos Elíseos. Faz parte integrante do conjunto arquitectónico formado pelo Petit Palais e Ponte Alexandre III.
  1900, celebrada entre 15 de O Grand Palais começou a ser construído em 1897 para albergar a Exposição Universal de Abril e 12 de Novembro daquele ano, envolvendo um complexo processo de gestação no qual participaram vários arquitectos,  no mesmo lugar onde se situava o Palais de l'Industrie, realizado para a Exposição Universal de 1855. Destacado pelo estilo electrico da sua arquitectura, denominado estilo Beaux-Arts e característico da Escola de Belas Artes de Paris, o edifício reflecte o gosto pela rica decoração e ornamentação nas suas fachadas de pedra, o formalismo da sua planta e realizações até então insólitas como o grande envidraçado da sua cobertura, a sua estrutura de ferro e aço à vista e o uso do concreto armado.Como proclama um dos seus frontões,o Grand Palais foi concebido como um Monument consacré par la République à la gloire de l’art français ("Monumento consagrado pela República à glória da arte francesa"), servindo como lugar das manifestações oficiais da Terceira República Françesa e símbolo do gosto duma parte da sociedade da época. Com o decorrer do tempo e a decadência do estilo Beaux-Arts, o Grand Palais foi destinado progressivamente a usos diversos, como centro para salões técnicos e de exposições comerciais dos sectores automóvel, da aeronáutica, das ciências ou do desporto, convertendo-se testemunha da evolução da arte moderna e dos avanços da civilização durante o século XX.
  Actualmente alberga o Palais de la découverte, desde 1937, destinado às ciências aplicadas, e as Galeries nationales du Grand Palais, desde 1964, para a exposição de colecções provenientes de museus nacionais franceses.Edificado sobre un terreno instável que afectou com o tempo a sua estrutura, depois do seu prolongado e dispendioso restauro empreendido na década de 1990, a sua nave central foi reaberta em 2005 para a celebração de salões e exposições temporárias variadas. No dia 12 de Junho de 1975, a nave central do edifício foi catalogada como Monumento histórico, classificação que se estendeu no dia 6 de Novembro de 2000 à totalidade dos 40.000 m² do Grand Palais.  Depois de tomada a decisão pelo Governo Francês, em 1892, de organizar uma nova Exposição Universal em 1900, a comissão preparatória da mesma recomendou a demolição do Palais de l'Industrie, construído em 1855, e a edificação dum novo edifício que melhoraria a envolvente urbanística da esplanada onde teria lugar o evento, de maneira que podesse abrir-se uam ampla via que ligasse em perspectiva a Praça dos Inválidos com a Avenida dos Campos Elíseos.  Uma vez redigido o plano, por decreto de 22 de Abril de 1896 decidiu-se a organização dum concurso de ideias entre arquitectos para o seu desenho,  mas contrariamente ao previsto para as edificações da Ópera Garnier, em 1875, ou do Ancien Palais du Trocadéro, em 1878, o concurso não teve um carácter internacional e restringiu-se unicamente à participação de arquitectos de nacionalidade francesa.
Depois dum amargo debate entre os organizadores, a imprensa e o grande público, não foi possível eleger um único vencedor, pelo que foi seleccionada uma equipa de quatro arquitectos para que realizassem uma síntese das suas propostas e consensuassem um projecto comum. A direcção geral ficou a cargo de Charles-Louis Girault, enquanto que os outros três arquitectos, Deglane, Louvet e Thomas  se especializaram, cada um, na construção das diferentes secções do edifício. Os trabalhos de construção começaram, na Primavera de 1897, com a demolição do Palais de l'Industrie, que desapareceu definitivamente em 1899, ao mesmo tempo que três equipas, escolhidas por cada arquitecto, avançavam segundo cada plano de obra ao seu ritmo e modo.A obra, para a qual se chegaram a mobilizar 1.500 trabalhadores, aplicou novas técnicas de construcção como o uso do concreto armado segundo um sistema patenteado em 1892 por François Hennebique,  juntamente com uma dotação de meios consideráveis para a época: empilhadoras a vapor para a cimentação, vias férreas para o transporte do material, máquinas de vapor para os dínamos de accionamento de serras de corte, uma ponte grua para o dos grandes blocos, railes interiores, andaimes móveis ou uma rampa desde a ribeira do Sena para a aproximação das barcaças de pedreira. A própria Exposição destacou as habilidades técnicas da Sociedade Moisant-Laurent-Savey que serviram para a parte móvel metálica de manutenção estendida nos lados dos Elíseos e da Avenida de Antin, enquanto que também louvou as da empresa Moisant, encarregada da carpintaria em ferro e aço da grande escadaria de honra desenhada por por Louvet. A construção do Grand Palais de París teve um custo total de 24 milhões de francos da época dos quais, como destacava o guia da Exposição, 300.000 francos haviam sido destinados, unicamente, aos importantes grupos ecultóricos das quadrigas de Récipon. As dificultades do terreno voltariam à actualidade pouco depois, quando Alfred Picard, comissário geral da exposição, publicou um relatório em 1903, onde advertia sobre a existência de problemas estruturais no edifício, como consequência provável da descida do nível do lençol freático, o que provocaria ao longo da sua história numerosas intervenções de restauro até chegar à grande obra emprendida a partir de 1993. A inauguração do Grand Palais efectuou-se com todo o fausto próprio da Terceira República Francesa, à época no centro duma crise política originada pelo controverso Caso Dreyfus, numa cerimónia celebrada no dia 1 de Maio de 1900, Inicialmente concebido como Palácio das Belas Artes para funções destinadas às exposições e celebrações de mostras artísticas, o Grand Palais tem vindo, ao longo da sua história, a ampliar a variedade temática das suas actividades.


uri e, a Lenda de Guilherme tell

 A Confederação Suíça é um país na Europa Central. Está localizada nos Alpes, a maior montanha da Europa. A Suíça tem cerca de 41.000 quilômetros quadrados e tem cerca de sete milhões de habitantes. A Suíça tem quatro línguas oficiais; são alemão, francês, italiano e romanche. Na Suíça, norte, leste e central, falando principalmente da Alemão. Isso é cerca de 64 por cento da população total. No oeste e sudoeste são predominantemente de língua francesa (cerca de 19 por cento), especialmente no cantão italiano de Ticino e em partes do cantão de Grisons falar romanche.
 A Suíça tem uma história muito interessante. Foi formada em 1291 a partir de uma federação de comunidades de Uri, Schwyz e Unterwalden. Eles haviam feito uma aliança para proteger a sua independência. Por outros municípios que aderiram Confederação Suíça e cresceu. Lutaram com sucesso os governantes nobres da época. Em 1499 saiu do "Reich Alemão". Mas até 1648, foi reconhecido a independência da Suíça. Suiça se comprometeu a "neutralidade perpétua" em questões europeias e tem cumprido com isso até aos dias de hoje. 26 cantões  que é chamado de unidades administrativas da Suíça  são agora parte da Suíça.
 A Suíça é um país de trânsito típico. Muitos caminhos levam do norte da Europa para o sul da Europa através da Suíça. Muitas vezes através de túneis que foram construídos para facilitar a travessias pelas   montanhas. A Suíça é um destino de invernopara praticar desportos na neve. Em Davos no Sudeste (Cantão Grisões) é um cantão para os ricos da Europa, a fim de passar suas férias de inverno. A Suíça é também famosa pela sua relojoaria e seu sistema bancário. O "sigilo bancário" strict da Suíça é mundialmente famoso e infame. A literatura moderna alemã deu à Suíça por Max Frisch (1911 - 1991) e Friedrich Dürrenmatt (1921 - 1990) dois grandes escritores. Alguns de seus trabalhos também estão nas escolas da Alemanha, Áustria e outros lugares para a leitura.

Guilherme Tell (em alemão Wilhelm Tell) foi um herói lendário do início do século XIV, de disputada autenticidade histórica, que se pensa ter vivido no cantão de Uri, na Suíça.
O nome Guilherme Tell surge tipicamente associado à guerra de libertação nacional da Suíça face ao império Habsburgo da Áustria.
Lenda... 
Guilherme de Bürglen era conhecido como um especialista no manejo da besta. Na altura, os imperadores Habsburgos lutavam pelos domínios de Uri e, para testar a lealdade do povo aos imperadores, Hermann Gessler, um governador austríaco tirano, pendurou num poste um chapéu com as cores da Áustria, numa praça de Altdorf. Todos que por lá passassem teriam de fazer uma vénia como prova do seu respeito. O chapéu era guardado por soldados que se certificariam que as ordens do governador fossem cumpridas.
Um dia, Guilherme e seu filho passaram pela praça e não saudaram o chapéu. Prenderam-no imeditamente e levaram-no à presença do governador que, reconhecendo-o, o fez, como castigo, disparar a besta a uma maçã na cabeça do filho. Tell tentou demover Gessler, sem sucesso; o governador ameaçaria ainda matar ambos, caso não o fizesse.
Tell foi assim trazido para a praça de Altdorf, escoltado por Gessler e os seus soldados. Era o dia 18 de Novembro de 1307 e a população amontoava-se na expectativa de assistir ao castigo (e, sobretudo, ao seu culminar). O filho de Guilherme foi atado a uma árvore, e a maçã foi colocada na sua cabeça. Contaram-se 50 passos. Tell carregou a besta, fez pontaria calmamente e disparou. A seta atravessou a maçã sem tocar no rapaz, o que levaria a população a aplaudir os dotes do corajoso arqueiro.
Não obstante, Guilherme trazia uma segunda seta. Gessler, ao vê-la, perguntou por que ele a trazia. Tell hesitou. Gessler, apressando a resposta, assegurou-lhe que se dissesse a verdade, a sua vida seria poupada. Guilherme respondeu: "Seria para atravessar o seu coração, caso a primeira seta matasse o meu filho".
Indignado, Gessler mandou o rebelde para a prisão alegando que dignaria a sua promessa deixando-o viver — mas preso, no castelo de Küsnacht. Guilherme foi levado acorrentado de imediato para um barco em Flüelen, onde esperou que Gessler e seus soldados embarcassem. Não muito distante do porto, deu-se uma tempestade. O Föhn, um vento do Sul, causava ondas tão altas que dificultou a viagem, praticamente arremessando o barco contra as rochas. Os que lá viajavam, assustados, gritaram: "Só Guilherme Tell nos pode salvar!". Gessler libertou Tell, que conduziu barco em segurança ao sopé da Montanha Axenberg, perto de uma rocha chamada Tellsplatte.
Quando amarrou, Tell tirou uma lança a um soldado, saltou do barco e, empurrando-o com os pés, fugiu pelo cantão de Schwyz. Gessler conseguiu sobreviver à tempestade e chegou ao castelo de Küsnacht nessa mesma noite. Tell ter-se-ia escondido nuns arbustos num beco que levaria à residência do governador. Assim que Gessler e os seus apareceram, Tell matou-o com uma seta da sua besta, libertando o país da tirania do governador. Segundo a lenda, este evento marcou o início a revolta que ocorreu a 1 de Janeiro de 1308.
 A lenda de Guilherme Tell aparece inicialmente no século XV, em duas versões diferentes. A primeira, encontrada, por exemplo, numa balada popular da década de 1470 e mais tarde nas crónicas de Melchior Russ de Lucerna (1482-1488), retrata Tell como o actor principal das lutas independentistas dos cantões da fundação da Antiga Confederação Suíça; a segunda, encontrada em Weisse Buch von Sarnen de 1470, retrata Tell como uma personagem menor num complô contra a casa dos Habsburgos dirigido por outros. Aegidius Tschudi, um historiador católico conservador, fundiu estas duas perspectivas no mito sumarizado acima, em 1570.
 A história de um herói bem sucedido no tiro contra um pequeno objecto na cabeça de uma criança e posterior assassinato do tirano que o obrigou a fazê-lo, contudo, é um arquétipo presente em vários mitos germânicos. O tema aparece também em outras histórias da mitologia nórdica, em particular na história de Egil, na saga de Thidreks (de Dietrich von Bern, possivelmente com inspirações realistas em Teodorico o Grande), bem como na de Inglaterra e Holstein.
 Na cultura popular, Guilherme Tell subsiste como um verdadeiro herói. Permanece uma importante figura com quem os suíços se identificam e, de acordo com uma pesquisa recente, 60% da população acredita mesmo que ele tenha existido.
 Um possível núcleo histórico da lenda foi sugerido em 1986 por Arnold Claudio Schärer, (Und es gab Tell doch, publicado em Lucerna, ISBN 3-85725-106-2): identificava-se um Guilherme Gorkeit de Tellikon (moderna Dällikon no cantão de Zurique). Gorkeit aparece explicado como uma versão do apelido Armbruster (fabricante de bestas). Apesar dos historiadores não ficarem convencidos, Schärer ainda é por vezes referido pelo direito nacionalístico como para denunciar a rejeição académica da hipótese de uma "conspiração internacionalista"
Texto da lenda do guilherme Tell retirado da Wikipédia

Edith Piaf-Pére lachaise

 Edith Piaf, nome artístico de Edith Giovanna Gassion, (Paris, 19 de dezembro de 1915 - Grasse, 10 de outubro de 1963) foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson.
Morreu aos 47 anos de idade.
O seu canto expressava claramente sua trágica história de vida. Entre seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960). Participou de peças teatrais e filmes. Em junho de 2007 foi lançado um filme biográfico sobre ela, chegando ao cinemas brasileiros em agosto do mesmo ano com o título "Piaf - Um Hino Ao Amor" (originalmente "La Môme", em inglês "La Vie En Rose"), direção de Olivier Dahan.
Édith Piaf está sepultada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. Seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.
 Ela nasceu como Edith Giovanna Gassion em Belleville, um distrito cheio de imigrantes em Paris. Uma lenda diz que ela nasceu na calçada da Rue de Belleville 72, mas sua certidão de nascimento cita o Hôpital Tenon, que faz parte de Belleville.
Ela recebeu o nome de Édith em homenagem a uma enfermeira britânica da Primeira Guerra Mundial que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães. Piaf, um nome coloquial francês para um tipo de pardal, foi um apelido dado a ela vinte anos depois.
Sua mãe, Annetta Giovanna Maillard (1895–1945), era pied-noir, mais especificamente de ascendência franco-italiana por parte de pai e cabila-berbere por parte de mãe. Ela trabalhava como cantora em um café com o pseudônimo de Line Marsa. Louis-Alphonse Gassion (1881–1944), o pai de Édith, era normando e acrobata de rua com um passado no teatro. Os pais de Edith abondonaram-na cedo, e ela viveu por um curto período de tempo com sua avó materna, Emma (Aïcha) Saïd ben Mohammed (1876–1930). Sua avó não cuidava dela direito, deixando-a em uma saleta e sem tomar conta direito de sua higiene, ela ficou 18 meses com a avó até seu pai ir buscá-la. Antes de se alistar na armada francesa em 1916 para lutar na Primeira Guerra Mundial, o pai de Edith pegou-a de volta e levou-a para sua mãe cuidar, esta por sua vez trabalhava em um bordel em Bernay, na Normandia. Lá, prostitutas tomaram conta da pequena Édith.
Dos 3 aos 7 anos, Piaf ficou supostamente cega devido a uma queratite. De acordo com uma de suas biografias, ela curou-se depois que as prostitutas da casa em que vivia levaram-na para orar no túmulo de Santa Teresa de Lisieux (conhecida popularmente como Santa Teresinha). Devido a esse episódio, Edith conservou um devoção a Santa Teresinha por toda sua vida.
EM 1922 o pai levou Edith do prostíbulo para viver em sua companhia enquanto trabalhava em pequenos circos itinerantes. Em 1929, aos 14 anos, seu pai que fazia performances acrobáticas nas ruas de toda França, época em que Édith cantou pela primeira vez em público.
Com 15 anos, ela deixou seu pai e foi viver em um quarto no Grand Hôtel de Clermont (na Rua Veron, 18 de Paris) indo sozinha cantar nas ruas mais especificamente no Quartier Pigalle, Ménilmontant e subúrbios de Paris. Ela juntou-se a uma amiga, Simone Berteaut ("Mômone")[2] no seu esforço, e as duas tornaram-se parceiras em travessuras. Piaf estava com 16 anos quando se apaixonou por Louis Dupont, um entregador.
 Aos 17, Edith teve sua única filha, Marcelle, que morreu de meningite com 2 anos de idade em 7 de julho de 1935. Como a mãe, Piaf achou dificuldade em cuidar da filha enquanto vivia de cantoria nas ruas, por isso frequentemente deixava Marcelle para trás, Dupont criou a criança até sua morte.

O próximo namorado de Piaf era um cafetão chamado Albert que cobrava comissões do dinheiro que ela ganhava nas ruas cantando em troca de não forçá-la a se prostituir. Uma das amigas de Piaf, Nadia, suicidou-se quando encarou o fato de tornar-se prostituta, e Albert quase forçou Édith a tornar-se uma quando ela terminou o namoro em reação a morte de Nadia.

Edith Giovanna Gassion
Edith Piaf morreu em 10 de outubro de 1963 à Plascassier (na localidade de Grasse nos Alpes-Marítimos) aos 47 anos, com a saúde abalada pelos excessos, pela morfina e todo o sofrimento de uma vida. Ela alugara uma mansão de 25 cômodos perto da praia, onde passou dois meses de descanso com amigos e com o marido. Segundo seu acordeonista, Marc Bonel, foi um período de muitos gastos: almoços e jantares para 30 ou 40 pessoas todos os dias, regados a champagne e a uísque.
Em 1935, Piaf foi descoberta cantando na rua da área de Pigalle por Louis Leplée, dono do cabaré Le Gerny's, situado na avenida Champs Élysées, em Paris. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou de "la Môme Piaf", uma expressão francesa que significa "pequeno pardal" ou "pardalzinho", pois ela tinha uma estatura baixa (1m 42 cm). Lepleé, vendo o quão nervosa Piaf ficava ao cantar, começou a ensinar-lhe como se portar no palco e disse-lhe para começar a usar um vestido preto quando se apresentasse, vestuário que mais tarde se tornou sua marca registrada como roupa de apresentação. Ele também fez enorme campanha para a noite de estréia de Piaf no Le Gerny's, o que resultou na presença de várias celebridades, como o ator Maurice Chevalier. Foi durante suas apresentações no Le Gerby's que Piaf conheceu o compositor Raymond Asso e a compositora Marguerite Monnot, que se tornou sua parceira e grande e fiel amiga por toda sua vida. É de Marguerite composições como "Mon légionnaire", "Hymne à l'amour", "Milord" e "Les Amants doun jour``
 
 No ano seguinte (1936), Piaf assina contrato com a Polydor e lança seu primeiro disco "Les Mômes de la Cloche", que se torna sucesso imediato. Mas no dia 6 de abril desse mesmo ano, Leplée é assassinado em seu domicílio. Piaf é interrogada e acusada de cúmplice, mas acabou sendo absolvida mais tarde. Ele foi morto por bandidos que tiveram, num passado não muito distante, laços com Piaf., o que gerou uma atenção negativa sobre ela por parte da mídia, ameaçando, assim, sua carreira. Para reerguer sua imagem, ela retoma contato com Raymond Asso, com quem, mais tarde, ela também viria a se envolver romanticamente. Raymond passou a ser seu novo mentor e foi ele quem mudou o nome artístico dela de "La Môme Piaf" para "Édith Piaf" e encomendou a Marguerite Monnot canções que tratassem unicamente do passado de Piaf nas ruas A partir deste reencontro, Raymond começou a fazer Piaf trabalhar arduamente para se tornar uma cantora profissional de Music Hall.
Entre 1936 e 1937, Piaf se apresentou no Bobino, um music hall no bairro Montparnasse. Em março de 1937, ela estréia no music hall ABC, onde ela se torna imediatamente uma imensa vedete da canção francesa, amada pelo público e difundida pela rádio. Em 1940 estréia no teatro em uma peça de Jean Cocteau Le Bel Indifférent, escrita especialmente para ela, e que a fez contracenar com seu então companheiro, o ator Paul Meurisse. Ao lado de Paul, ela estréia em um filme em 1941, Montmartre-sur-Seine de Georges Lacombe.
Durante a ocupação alemã na França, Piaf continua seus shows. Muitos a consideraram uma traidora, mas seguindo a guerra, ela declarou que trabalhou a favor da resistência francesa. Na primavera de 1944, Piaf conhece o jovem cantor Yves Montand e passa a ser sua mentora e amante.
Em 1945, Piaf escreveu uma de suas primeiras canções: "La Vie en rose", a canção mais célebre dela e seu grande clássico. Em 1946, Montand estréia no cinema ao lado de Piaf em Étoile sans lumière. Neste ano também o romance terminaria para os dois. Piaf acaba desfazendo o relacionamento quando ele está perto de alcançar o mesmo sucesso dela.
Durante esse tempo Piaf estava fazendo muito sucesso em Paris e em toda França. Após a guerra, tornou-se famosa internacionalmente, excursionando pela Europa, Estados Unidos e América do Sul. Entretanto, de início ela se deparou com pouco sucesso entre o público norte-americano. Mas, após a publicação de brilhante matéria de proeminente crítico de Nova Iorque, Piaf viu seu sucesso crescer ao ponto de sua popularidade levá-la a se apresentar oito vezes no Ed Sullivan Show e duas vezes no Carnegie Hall (1956 e 1957).
Em 1947, ela faz seus primeiros shows nos Estados Unidos. Em 1948 durante sua volta aos Estados Unidos, ela conhece o grande amor de sua vida, o pugilista Marcel Cerdan. Marcel de nacionalidade francesa, mas nascido na Algéria, era casado na época e iniciou um tórrido romance com Édith Piaf. Pouco tempo depois dos dois se conhecerem, Marcel tornou-se campeão mundial de boxe. Em 28 de outubro de 1949, Marcel morreu em acidente de avião em um vôo de Paris para Nova Iorque, onde a iria reencontrar. Arrasada pelo sofrimento e também pelo sofrimento de poliartrite aguda, Édith Piaf começa a se aplicar fortes doses de morfina. Seu grande sucesso "Hymne à l'amour" e "Mon Dieu", foram cantados por Édith em sua memória.
Em 1951, o jovem cantor Charles Aznavour converte-se em seu secretário, assistente, chofer e confidente. Ela ajudou a decolar sua carreira, levando-o em turnê pelos EUA e pela França e gravando algumas de suas músicas. Em setembro de 1952 casa-se com o célebre cantor francês Jacques Pills, do qual se divorcia em 1956.
Começa uma história de amor com Georges Moustaki ("Jo"), que Édith lança para a música. Ao seu lado sofreu um grave acidente automobilístico no ano de 1958, e piora seu já deteriorado estado de saúde e sua dependência em morfina. Edith grava novo sucesso, a canção "Millord", da qual Moustaki é o autor.
Em 1962, Piaf casa-se com Théo Sarapo (Theophanis Lamboukas), um cabeleireiro grego que se tornou posteriormente cantor e ator, 20 anos mais novo do que ela.
MORTE
Edith Piaf morreu em 10 de outubro de 1963 à Plascassier (na localidade de Grasse nos Alpes-Marítimos) aos 47 anos, com a saúde abalada pelos excessos, pela morfina e todo o sofrimento de uma vida. Ela alugara uma mansão de 25 cômodos perto da praia, onde passou dois meses de descanso com amigos e com o marido. Segundo seu acordeonista, Marc Bonel, foi um período de muitos gastos: almoços e jantares para 30 ou 40 pessoas todos os dias, regados a champagne e a uísque.
Piaf, por medida de economia, transferiu-se para uma herdade em Plascassier, apenas com a enfermeira, o acordeonista e a secretária, o empresário e o marido, que a essa altura, trabalhava num filme em Paris para "assegurar o dinheiro do casal", como dizia a própria Piaf.
Morreu em consequência de uma hemorragia interna, em coma. Como disse certa vez um documentário, "sem um grito, sem uma palavra..." O transporte de seu corpo a Paris foi feito clandestina e ilegalmente e seu falecimento foi anunciado oficialmente em 11 de outubro em Paris. Édith faleceu no mesmo dia que seu amigo Jean Cocteau. Édith foi enterrada no cemitério do Père-Lachaise.
Base do tumulo retangular em granito negro composta por dois níveis. O nível superior representando um esquife com a superfície inclinada para cada lado. No centro, em relevo sobre o tampo uma cruz latina, também em granito, com um Cristo crucificado em bronze. Na parte fronta está gravado em baixo relevo o nome da família e diversas outras gravações em torno da base. O vaso vazio sobre o tampo com as suas iniciais gravadas, representa a separação da alma do corpo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Aarburg in Aargau Bern

 Aarburg é uma fortaleza poderosa no sudoeste do cantão de Aargau, na Suíça. Ele está localizado acima da Aarburg cidade sobre um esporão rochoso. No início do Século12, era uma fortaleza que controlava o gargalo no rio Aare e serviu como sede do oficial de justiça Aarburg. A cidade de Berne para a esquerda para expandir o castelo 1659-1673 para mais de 400 metros de comprimento. Fortaleza serviu para proteger os participantes nas áreas de Aargau e Berne como uma prisão. Aarburg é a fortaleza que foi preservado do início do período moderno na Suíça e classificado como um bem cultural de importância nacional. Desde 1893, o forte está localizado na Casa da Juventude Canton, que toma medidas de protecção de jovens criminosos.